Estava assistindo televisão e parei pra pensar no meu dia, nos meus dias, na minha vida por inteiro.
E quase não acreditei quando a seguinte exclamação me veio à cabeça: "Estou com quase dezenove anos!" - Confesso que isso me assustou.
Já são quase dezenove anos, de tantas experiências. Tanta bagagem pesada pra carregar, tanta coisa boa e tanta coisa ruim.
Me lembro como ontem as noites em que eu deitava na minha cama, e ficava fazendo planos para o momento que estou vivendo hoje, e percebo que eles não fugiram tanto dos planejamentos.
Eu realmente sonhei em viver o que estou vivendo, ter as perspectivas que eu tenho hoje, e fazer os planos que eu faço pra daqui dez anos. Claro que algumas coisas fugiram às regras. Eu imaginei que com quase dezenove, eu estaria na faculdade e bem decidida em relação ao meu futuro profissional, o que hoje, nao é uma realidade. Eu não sei o que fazer na faculdade. E sinceramente, nao consigo pensar em algo concreto. Eu também não imaginei ter tomado os tombos que eu tomei, e ter chorado o tanto que eu chorei. Tampouco, dado as boas risadas que eu dei, nos meus quase dezenove.
Juro que eu pensei, que a minha vida começaria de verdade depois dos meus 25 ou 26 anos. Mas eu estava enganada nesse aspecto. Como as coisas estão acontecendo de uma maneira rápida, e natural. Como é gostoso sair com os meus amigos, que eu não imaginei encontrar tão cedo, e dar boas gargalhadas. Tomar um copo de cerveja e rir, simplesmente rir.
Também nao imaginei ter amadurecido tudo o que eu amadureci nesses quase dezenove anos. Não pensei, jamais pensei, que tão nova eu aprendesse a dar valor em coisas tão pequenas. Em simples olhares, ou pequenas juras. Na verdade eu nunca acreditei muito em juras. Pra mim, nas minhas noites de planos, elas pertenciam somente aos contos de fadas. E hoje, fazem parte do meu dia-a-dia.
Confesso que nunca se passou pela minha cabeça, fazer planos de um casamento, com quase dezenove anos. Não que isso vá acontecer amanhã, mas não pretendo adiar muito o dia de entrar de noiva na igreja, e me entregar realmente ao homem que eu escolhi pra ser meu. Sim, com quase dezenove anos, eu ja tenho certeza de quem vai ser o pai dos meus filhos, e quem vai dividir comigo todos os meus momentos até que a morte nos separe.
Sinceramente eu nunca tinha parado pra pensar nisso. Mas depois que todas essas certezas começaram a fazer parte dos meus dias, é só nisso que eu penso. São só esses planos que fazem parte dos meus planos, e é só esse dia que eu espero.
Muita coisa ainda vai acontecer, e tem que acontecer. Mas o ritmo em que tudo isso está fluindo, realmente está superando as minhas expectativas. A cada dia que passa, uma nova surpresa. Um novo carinho, um novo jeito de tocar e de abraçar. Mas os olhares se tornaram mais aconchegantes. Mais certos daquilo que querem, mais expressivos quando dizem "Eu te amo", e mais sinceros quando um "Quer casar comigo?" é pronunciado quase sem querer entre um abraço e outro. A vontade de passar todos os meus dias junto dele, só aumenta toda vez que a gente se deita junto, nem que for só pra assistir televisão, ou então, pra nos entregar em um momento somente nosso. Tão nosso, que o mundo pode acabar lá fora, que nada importa. Nada consegue atrapalhar o nosso entrosamento, e a verdade que nos rodeia quando estamos juntos. Andar de mãos dadas pela praça, ver crianças brincando e correndo para o colo dos pais quando a brincadeira perder a graça, ou então, quando o joelhinho machucado estiver sangrando. Imaginar que daqui alguns anos será para o nosso colo que eles vão correr quando machucarem o joelho durante uma partida de futebol, e que sera somente o nosso "beijinho pra sarar" que vai contar para eles.
Saber que eu vou voltar pra casa, e será ele que vai estar me esperando pro jantar. Ouvir a porta abrir, e ter certeza de que é ele quem vai aparecer e me dar um abraço e dizer que estava com saudade. Será com ele que eu vou discutir os problemas da casa, e até mesmo brigar de vez enquando. É pra ele que eu vou contar todos os meus segredos e medos, e é naquele peito que eu vou fazer novos planos.
Imaginar que o choro de madrugada dos nossos filhos, vai ser musica ao meu ouvido, por saber que são fruto de um amor lindo..
São tantos planos, tantas vontades que um dia, aqueles que continuarem participando da minha vida, verão se tornar realidade. E daí sim terão certeza de que eu sou a mulher mais feliz do mundo.
Mas tenhamos calma, eu ainda tenho quase dezenove!
sábado, 12 de dezembro de 2009
Assinar:
Comentários (Atom)